sexta-feira, 17 de junho de 2011

VENTANIA

VENTANIA

(Alessandra Horta - 18/06/2011)

Hoje o vento me sopra e me leva.

Eleva!

Me arremessa por caminhos desconhecidos,

e gosto.

Me leva, vento!

Me leva pela estrada e pelo tempo.

Me atira forte na trilha perdida

que só eu não conheço.

Me leva, vento!

Me leva pro furacão de brisa

e ameniza o canto triste

que insiste

em me fazer sofrer.

Me leva, vento!

sábado, 11 de junho de 2011

APELO

(Alessandra Horta - 11/06/2011)

Silêncio.
Solidão.
Preciso.

Nem barulho, nem entulho.
Quero calma.
Não consigo.

Meu grito é mudo. Ninguém ouve.

A PEDRA

(Alessandra Horta & Angelo Vaz - 10/06/2011)

A pedra sustenta, mas um dia quebra.
Quebra e cai.
Espatifa, desliza e se esvai.
Sou a pedra. Quando quebrar rolo em pequenos pedaços.
Estilhaços inofensivos de mim mesma.

*Muito obrigada pela parceria, Angelo Vaz!

domingo, 5 de junho de 2011

SEM COMEÇO, NEM FIM

(Alessandra Horta - 01/06/2011)

Eu vou e volto.

Num suspiro retorno

e me aconhego no que não vejo.

Transcedo, me olho no espelho.


Augúria, presságios não bons.


Eu tento e recomeço.

Vou ao zero e a fita inaugural...

é corda.


Não reluto: insisto.

Insisto um rabisco do que pode ser.

Prevalecer????


Surreal!

IMPOTÊNCIA

(Alessandra Horta - 31/05/2011)


Me sinto impotente.

Vejo o passado; imagino o futuro.

Tento entender o presente.


Tenho medo.

Medo do que nunca tentei,

tenho medo do medo.


Medo do assombro,

do surto,

do curto-circuito.


Medo do que não é meu

e daquilo que poderia ser.


Medo porque sou pequena,

grão de areia

num mar revolto e confuso.


Me ofusco.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Amo flores;
prefiro as raras.
Terno sabor tenho por elas.

Coloridas, me encantam!
Pequeninas, me enlouquecem.
Adolescentes, endoidecem!

Meu carinho, agora, é pela flor mais singela:
Vitória, minha filha, a flor mais bela!!!